O GOLPE DO GEAP
Se o governo do PT estivesse brincando, como estava o tradutor do governador
da Bahia, muito bem. Mas não era brincadeira, mas de verdade. Em 2003, por
exemplo, o então presidente Lula assinou um decreto revogando uma lei, o que é
um escárnio jurídico, para dar a uma entidade privada, a Geap, comandada por uma
dirigente do PT, o monopólio dos planos de saúde do funcionalismo, no valor de
R$ 1 bilhão.
O Tribunal de Contas da União já havia avisado que era ilegal,
inconstitucional, mas a Casa Civil da Presidência da República (leia: José
Dirceu), onde foram feitas as reuniões com a Geap e preparado o decreto com a
estranha e indébita participação dela, não tomou conhecimento. E Lula
assinou.
Diante do escândalo, o governo e o PT se queixaram de que a oposição e a
imprensa estavam radicalizando e fazendo acusações infundadas. Mas queriam o
quê? Se foi barbeiragem, era inexplicável. Se houve má-fé, inaceitável.
De lá para cá, a coisa degringolou. Será que basta ser do PT para poder fazer
tudo, até ganhar a comissão do tradutor?
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